Mostrando postagens com marcador pequena ode a mim mesma. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pequena ode a mim mesma. Mostrar todas as postagens

30.9.10

Eu disse, eu disse, eu disse OU confete em mim mesma.


Não foi um dos elogios mais bonitos do mundo mesmo?Amizade é um troço assim: a gente se ama, ri, conversa, briga, deixa de se falar, depois pede desculpas e fica tudo na paz novamente.
Brigada, Nando. Meu dia foi muito mais feliz lendo esse email. :)

22.6.10

A MOÇA QUE CHORAVA NO METRÔ

Uma das grandes vantagens das mulheres sobre nós é a coragem, o destemor, de chorar em público. Se o choro vem, as mulheres não congelam as lágrimas, como os moços,pobres moços... Não guardam as lágrimas para depois, como sempre adiamos, não levam as lágrimas para chorar escondidos em casa.
Pior ainda é o homem que não chora nunca. Além de fazer mal ao coração, esse tipo não merece muita confiança. As mulheres não, falo da maioria das moças, desabam em qualquer canto e hora. Se estão mal de amor, choram na firma, no escritório mesmo, na fábrica, choram no trânsito, choram no metrô, simplesmente choram.
Como invejo as lágrimas sinceras das fêmeas.
Quantas vezes a gente não se preserva, por fraqueza, enquanto as lágrimas, em cachoeira, batem forte no peito machista e viram apenas pedras do gelo do uísque.
Como invejo as mulheres que misturam sim o trabalho com o drama heavy metal da existência. Desconfio da frieza profissional, das icebergs de tailleur, que imitam os piores homens e guardam tudo para molhar o travesseiro solitário numa noite de inverno.
Ora, as mulheres podem ser infinitamente poderosas, administrarem plataformas de petróleo nos mares... e chorarem um atlântico diante de uma alma perra, de uma alma cachorra, de alma vira-lata e sem cuidados, essa é a grandeza.
Lindas e comoventes as mulheres que choram em público, nas ruas, nos bares, nos restaurantes, nos busões, nas malocas, no táxi. São antes de tudo umas fortes. Tristes dos que estranham ou ficam envergonhados com o mais verdadeiro dos choros. O medinho do macho diante do pênalti que vale uma vaga no torneio da dignidade.
Triste dos que acham que não levam a sério, que tratam como sintomas da TPM e chiliques do gênero, que fracasso. Ora, até mesmo os choros de varejo, não importam as causas, são comoventes. Chorar engrandece. Fazer amor depois de lágrimas, então, é sentir o sal da vida sobre os olhos, romanticamente, sem medo de ser ridículo, brega, cafona, São Waldick nos proteja, amém.
Coitados dos que escondem suas lágrimas
Acabei de testemunhar uma dessas lindas e corajosas moças, chorava no metrô da avenida Paulista, aqui entre a Consolação e o Paraíso, as estações que nos separam.
Por que chorava aquela moça?
Sempre acho que todo choro é ou deveria ser por amor, que me perdoem a pobre rima antiga com a dor.
Uma grande dívida nunca nos põe a chorar de verdade. Por um familiar, choramos diferente. Desemprego? Não. Se não teríamos um Tietê, um Capibaribe, um Paraíba, um São Francisco a cada segunda-feira, cada esquina, lágrimas que manchariam a tinta dos classificados e seus quadradinhos lógicos, portas na cara, quem sabe da próxima, projeto ilusões perdidas...
A moça não escondia os soluços do choro. Terá discutido a relação, a velha D.R., à boca da estação Paraíso? Veste roupa de trabalho sério, e chora. Daqui a pouco estará sentada na sua cadeira de secretária, exímia, bilíngüe, a serviço da grana “que ergue e destrói coisas belas”.
Teria levado um pé-na-bunda, um fora? Teria visto o casamento pelo binóculo do sr. Nelson Rodrigues? Perdoa-me por me traíres?
A moça que chorava no metrô sabia que o amor é como as estações da avenida Paulista, começa no Paraíso e termina na Consolação.



Xico Sá.

_________

Levando-se em consideração os dois ultimos posts, quem lê assim, meio de tangente, pode achar que eu ando chorando copiosamente. Nem tô. Ando bem alegrinha da silva.
A musica do Djavan é linda (com a Gal toda gata cantando parece um hino) e esse texto é quase uma ode a esta que vos escreve que não tem o mínimo pudor em chorar em tudo quanto é lugar. Desde sala de embarque atéééééééé... tanque de roupa.

ai, ai. tão piegas ela, né? :D

19.5.10



O temperamento dos que têm Oyá como òrisà de cabeça costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que para outras pessoas, não mereceriam tanta atenção e principalmente, tão grande dispêndio de energia. Eles fazem mesmo tempestades em copo d’água e perdem amizades de vidas inteiras por não avaliarem corretamente as acusações que são capazes de fazer num momento de explosão, pois para eles aquele momento é de guerra; a pessoas que está à sua frente é o inimigo e só uma palavra de ordem serve para eles: aniquilar, destruir. Podem ser particularmente mesquinhos em suas vinganças, exagerando o número de atitudes que tomam se comparado com o primeiro móvel de sua vingança.

São do tipo Yansã aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, a todos, aspectos particulares de sua vida. É verdade que certo exibicionismo pode fazer parte do seu arquétipo, mas os filhos de Yansã não desejam apenas atrair a atenção dos outros quando socializam suas emoções. Mais do que isso querem efetivamente dividir a grande alegria, expor o grande prazer para ele poder ser compartilhado, querem que todos estejam imbuídos dos mesmos sentimentos que vivem naquele momento, pois tais emoções parecem tão fortes que, para um filho de Yansã, elas devem ser capazes de contagiar a todos.

Como este é arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Yansã surjam freqüentemente nos noticiários. Se para elas cada ato é dimensionado numa visão grandiosa, cada gesto deve ser conseqüências arrasadoras ou empolgantes; não é difícil perceber-se que são geradoras natas de noticias.

Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar senão aterrorizar os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano. Essa é uma razões que levam os ficcionistas a mostrar tipos de Yansã em seus personagens, pois passam a ter nas mãos figuras que conduzem as histórias com muita liberdade, conduzindo as tramas para caminhos insuspeitados, abrindo um leque de opções para quem trabalha com a imaginação. São, como se diz, prato cheio para quem lida com o comportamento humano e para quem narra histórias sobre esse comportamento. A Gabriela de Jorge Amado, por exemplo, se encaixa bem nesse tipo, pois, quando deseja, tira os sapatos, joga-os para o ar e sai brincando com as crianças na rua, feliz porque o sol bate em sua pele, porque é gostoso brincar de roda, esquecendo os horários e as obrigações, porque naquele dado momento de sua vida encontrou uma fonte de prazer deliciosa, que talvez não exerça o mesmo encanto amanhã.

Os filhos de Yansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só o conseguem com os que não os conhecem detidamente. Ou se conseguem, será apenas por pouco tempo, pois uma contrariedade, uma vontade não satisfeita, um incidente menor pode fazer o caldo entornar e a pessoa ter uma espécie de acesso de fúria, despejando tudo o que mantinha escondido, transformando sua tentativa em ser surpreendente num mero segredo de polichinelo. A longo prazo, um filho de Yansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.

Eles têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda.

São muito ciumentos, possessivos, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição que não a que ele mesmo faz contra o ser amado, Yansã tende para o autoritarismo e sua mutabilidade faz com que o gênio de seus filhos seja muito difícil,mudando a cada momento, sem que os outros estejam preparados para essas guinadas.

Apesar de teoricamente prezarem a sinceridade, podem mostrar-se traiçoeiros com as pessoas que elegem como seus inimigos – inimigos esses que surgem às pencas, já que, perante a agressividade e a tendência à arrogância dos filhos de Yansã,não são poucos os que se rebelam.

Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para seu circulo mais íntimo.

Profissionalmente, um filho de Yansã pode dar-se muito bem por causa de sua obstinação.

Se consegue descobrir seu verdadeiro talento, pode destacar-se, pois fará tudo o que é possível ,e um pouco mais, para ser conhecido dentro de sua carreira, querendo acima de tudo ser respeitado.um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais. Assim, não é de se espantar que um filho de Yansã não consiga fixar-se no mesmo trabalho e, por isso, não atinja nenhum tipo de sucesso.

____________

Epaiêio, minha mãe.

8.1.10

quem sou eu? tipo isso

Ela: Vi seu ex-namorado-por-quem-vc-foi-apaixonadissima.
Eu: Jura? E aí, como ele está?
Ela: gordo.
Eu: GORDO? Como assim, gordo?? Gordo tipo quem?
Ela: Não sei...
Eu: Tipo fulano?
Ela: Não, né... esse aí é quase mórbido...
Eu: Hmmmmm... então... tipo cicrano???
Ela: Não! Esse também é gigante... Ele tava assim, tipo o meu namorado.
Eu: antes ou depois de emagrecer?
Ela: depois de emagrecer... como ele tá agora!
Eu: ENTAO ELE ESTA GOSTOSO!
Ela: QUEEEE?
Eu: ops. Vou ali fazer um xixi. Guentaí. hehehe

19.12.09

released




Eu podia estar com raiva
Eu podia estar triste.
Eu podia estar chorando pitangas.
Mas meu coração tá levinho.
Leve. Leve. Leve. Leve que nem a casa que voa.
Tão leve que até sorri.

I AM RELEASED. :D



Caceta, ter 30 anos faz um bem danado. Se eu soubesse que era assim, tinha feito antes!

31.10.09

a esperança é a última que morre.

Carolina,

Você tem quase 30 anos. Já está na hora de se convencer que a vida não é uma comédia romântica.

Grata.

(eu não perco a esperança de que, lááá no fundo, seja)

30.9.09



O samba é alegria
Falando coisas da gente
Se você anda tristonho
No samba fica contente

(cara, se liga no tamanho dos dois mentex colados na minha gengiva)