Ode a mim mesma

Querido diário,

Hoje foi uma dia particularmente onde as coisas deram certo a despeito de mim. Lembra aquele papo todo de "minha vida sem mim", de como seria legal e bla bla bla? Pois é, então.

Vamos por ordem.

- A Dri disse que eu sou fofa e até postou um trecho de uma carta de Freud (sim, sim, sim, tô num momento cartas da minha existência) que eu coloquei nos comentários dela. É muito legal ser chamada de fofa assim, gratuitamente! Dri, você também é uma fofa! Aliás, visitem o blog dela que é fantástico.

- Minha análise tem sido bem legal. Bom, bem legal no sentido que uma análise pode ter. Qualquer pessoa que não faça análise não entenderia uma vírgula das inúmeras coisas que têm caído esta semana e me acharia pervertida/louca. A gente paga um preço dolorido pra apostar numa vida mais leve. Note: apostar. Só isso. Mas isso, com toda certeza, é muito melhor do que se sufocar numa vida com garantias estranhas.

- Chegando em casa depois de um mega corte da minha analista-que-não-perdoa e com a maior-cara-de brioco-do-mundo encontro uma vizinha que diz: "nooooooossa, você tá linda, tá magrinha". A melhor parte, claro, foi eu estar com cara-de-fiofó-cabelo-desgrenhado-sem-maquiagem-e-com-olheiras-e-com-jeans-largo e a mulher dizer que eu estava linda. Minha analista podia me dizer coisas desta envergadura às vezes. Isso se ela falasse, claro.

- Meu seminário 4 chegou. Tava me cagando de medo que não chegasse!

- Uma das minhas maiores e queridas amigas engravidou!! E eu sei o tamanho do desejo dela por esta criança. Vi a ultra e chorei que nem uma corna.

- Um amigo, lendo coisas que eu não posto aqui, disse: "teu humor tem cara, jeito, perfume". Adoro amigos-poetas.

- Ainda são 5 da tarde. Vamos ver o que o destino me reserva.

Agora, você me dá licença, seu diário, que eu vou ali namorar meu seminário 4!