18.5.10

tratado sobre o amor, 73487465³²¹ parte

desamar é tão bom quanto amar.


(eu no twitter, na semana passada)

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O amor chega vestido de branco. De gargalhada, de leveza, de alegria, de pulsação, de ansiedade. Vem cheio de vontade. Vem cantarolando Elephant Gun. Arrepio, saliva, novidade e alegria que não cabe nas horas.

e lá pelo meio da historia, sabe-se lá porque - talvez por falta de habilidade ou por descuido - ele se veste de roupas mais pesadas, aqueles casacões que a gente pensar em comprar quando pensa em ir passar férias de final de ano na europa. (ah, nem vem, você também já namorou essas vitrines com aqueles casacos, luvas, gorros que nunca vamos usar no Rio de Janeiro). ciúme, cotidiano, mesmice, ironias, falta de paciência. tudo empilhado no coração, a alma perdida lá embaixo. E a alma é que nem plantinha, só fica numa boa quando tem luz pra crescer. o amor vai se transformando no sua meia-irmã infeliz que nem gosta dos dias de maio, a posse. E posse é o inferno. É o inverno. E ela é tão sufocante, tão covarde. ela aprisiona, mata, faz picadinho do pobre do amor.

E aí, quando a gente finalmente consegue desapegar, o amor vai embora junto, agonizante. E a gente respira leve mais uma vez.

Isso, evidente, não acontece sempre. às vezes a gente areja a vida, não deixa que mofemos no tempo. às vezes,m a gente consegue se reinventar, reinventar o amor todo santo dia.

1 ficando fora de si:

Mari Hauer disse...

Ai, eu sou daquelas que adora reinventar o amor todo santo dia!

Mas confesso que vira e mexe meu amor azeda, impregnado de posse. E depois que descubro que não era amor coisa nenhuma. Era só algo mascarado de amor, tentando me confundir e me fazer sentir louca (oi? jura? louca, eu?). Porque a gente só duvida que tem algo quando realmente não tem! Só duvidamos do chão sob nossos pés quando a estrutura é fina e duvidamos que o chão possa suportar nosso peso se um dia deixarmos de flutuar!

Amei a música! Estou cantarolando por aqui!

Um beijo!