26.7.09

Justificativa

Escrevo só quando me doo: quando me dói e quando me dou.
Escrevo em queda. No não. Escrevo quando tropeço no que há de mais espinhoso em mim. Meus ossos. Minhas lágrimas. Minha morte. Essa morte de todo dia.
Todo dia há algo que morre em mim.
Escrevo do nada, o narro.
Escrevo quando me deparo com o impossível.
Escrevo quando não há.

4 ficando fora de si:

Pedro disse...

E você transforma o nada em algo tão delicioso de ler... ai, ai...

Lidianna disse...

Nossa qto tempo q não espiava aqui... e como é alentador estar aqui! Rs

Sthéfanie Louise disse...

Saudades de vir aqui pra ler seus textos! Lindo este dai ;]
também sou assim, alma de poeta, escrevo mais e melhor quando to triste...
;**

Gil disse...

- De um lado é não dizer nada, de outro é dizer demais. Impossível ajustar. Sou ao mesmo tempo muito grande e muito fraco para a escrita. Estou ao lado dela, que está sempre fechada, violenta, indiferente ao eu infantil que a solicita.

(Barthez)


Eu acho que há também a relatividade com o prazer de ler: eu te leio e é uma das formas de gostar que existas.

Saudações, Carol.