20.2.10

atenção, meninas!

Sabe esse texto daí de baixo? Pois bem, acho que é o primeiro capítulo de um livro que ainda está sendo pensado e tal. Tudo o que eu escrevi ali eu realmente pensei, eu realmente senti quando escrevi (deve ter um mês, mais ou menos). Desde então, tenho repensado tudo aquilo lá. Não me arrependo de te-lo escrito. A única coisa que mudei foram alguns palavrões... hehehe.

E como me chamaram de chata ontem por causa do texto e por dizer que quero um namorado (sim, jajá eu explico isso também), quis me retratar. Enfim.

Preciso me explicar com vcs, moças bonitas que estão lendo e comentando e, acho, por minha responsabilidade também estão criando minhoquinhas na cabeça. Não quero ser cagadora de regra, nem dizer o que é melhor pra ninguém. Calma, calma, calma!

Eu namorei um menino com 18 anos, gostava dele. Foi o meu namoro mais longo pra vcs terem uma idéia. Acabou porque eu já não o amava mais como namorado. Acabou porque eu queria, sim, sair pra vida, colocar a cara a tapa. Foi uma opção. Poderia ter ficado com ele, engolido a falta de amor e levado uma vida morna.

Pensando bem, não era uma opção. Fui constrangida por mim mesma a ir ali ver o que acontecia diferente no mundo: oi, eu sou assim. Quero me apaixonar, quero ser amada, quero, quero, quero. Acho legítimo. Acho legítimo falar disso. Acho legítimo pedir isso. Isso me faz uma mulher chata? Bom, na mente maniqueísta de meia dúzia posso ser. Eu acho que estou chata. Acho mesmo. Tudo bem, nem me importo muito com isso pra ser honesta. CAGUEI.

E neste MEU percurso conheci um montão de gente, aprendi a andar pelo Rio, conheci Porto de Galinhas (lugar que achei que só conheceria na Lua de Mel. PFFFFFFFFFFF), gargalhei, tomei alguns porres, chorei muitas vezes, fiz chorar em outras, falei besteira, falei coisas inteligentes, fiquei vermelha, fiquei com muitos caras que quis, outros eu quis tanto que eu não acreditei que me quiseram e por isso não fiquei, levei alguns tocos, fiquei com uns caras que não quis e fiquei uma semana me perguntando "por que, carolina?" depois passou, como tudo na vida. Ganhei pessoas preciosas, perdi outras tão precisas quanto. Foi o meu percurso. Me arrependo de uma coisa aqui e outra ali. Mas olhando pra trás, até que está sendo legal.

Sobre a moça que casou com 22 anos, este foi o percurso dela. Não sei quantas vezes ela se irritou com o marido, quantas vezes chorou de ódio, quantas vezes foi surpreendida por uma flor, quantas vezes ouviu "eu te amo", quantas vezes brigou por causa do edredom ou por causa da tábua da privada. Não sei quantas vezes ela pensou que fez a escolha certa ou quantas vezes ela olhou pra trás e achou que ficou devendo alguma coisa pra si. Tenho certeza que ela, como eu, tem alguns arrependimentos e alegrias.

Não tem muito o que aconselhar... porque a gente só se dá conta da vida que levou depois de ter passado por ela. Mas fica aqui meu carinho, meu abraço e a torcida para que vcs, meninas, colham mais gargalhadas e amor que lágrimas pelo caminho.

Um beijo enorme da BALZACA aqui! :D





6 ficando fora de si:

Laura Rodrigues Machado disse...

Ah, você é um doce mesmo! :)
Tudo bem, tudo bem, devo ter feito draminha no comentário do post anterior... Mas pode ficar tranqüila. Não fez besteira (como diz na tag deste texto), só juntou seus pensamentos e conclusões sobre o que já viveu em um ótimo texto.
Eu sei que ainda vou odiar muito alguns dias, esquecer de outros (por serem insignificante ou por causa do alcohol, haha) e amar muito alguns. Sei que vou fazer péssimas escolhas, mas vou acertar algumas. Sei que vou quebrar minha cara por causa de alguns rapazes e que vou ter meus bons momentos com outros... Sei que é tudo assim mesmo, que eu tenho é que viver cada dia e fazer escolhas porque só assim eu vou chegar lá na frente e poder juntar meus pensamentos num possível ótimo texto como o seu.

Carol disse...

FOFA! :~

Mari Hauer disse...

Ah Carol!

Eu super te entendo, mesmo! Quando li o seu texto anterior, não passou pela minha cabeça que você tinha se arrependido de toda a sua vida ou que você estava querendo cagar regra, sério...

Eu também namorei sério aos 16, 17 anos... durou 1 ano e 2 meses e foi o meu namoro mais longo. Depois desse, a validade beira os seis meses, no máááximooooo... Mas, em regra, nem vira namoro não!

Já torrei tubos em terapia pra entender o que se passava comigo. Primeiro que no fundo eu não queria um namorado, depois pra achar que ninguém servia pra mim e que ninguém me entendia e ainda depois pra aceitar que o problema realmente era comigo. Já passei também pela fase que eu olhava pros lados e via casais que eu questionava: "porra, o que esse cara gente boa tá fazendo com essa vadia, vulgar e mimada enquanto tem gente como eu que to sozinha?"
Mas agora, estou na parte do processo que "seja o que deus quiser". Já sei que não boicoto mais relacionamento e nem sou mais a arrogante que pensa que ninguém me serve...

Mas para um relacionamento começar, precisamos estar disponíveis, num sentido mais amplo. Além de sorte, é claro! Eu já to dando jeito de tirar do caminho tudo quanto é cara que eu já sei de longe que não quer o mesmo que eu. Mesmo que eu escorregue às vezes e a carência bata, pq eu não sou de ferro! hahaha...

Porque pra querer estar do meu lado não vai poder ser meio mole, vai ter que me bancar emocionalmente. E eu não sou fácil e nem rasa!

Bom, sorry pelo comentário enorrme, mas me identifico horrores com vc pq eu QUERO UM NAMORADO! E falo isso com a mesma naturalidade como quem pede um copo d'água depois de correr 5 km.

Escrevi isso quando fiz 27 mas gosto de ler até hoje! Acho que vc vai gostar também e se identificar!
http://maricotiando.blogspot.com/2008/11/em-resumo.html

Um beijo!
Mari

Camila disse...

Ai, mulher. Fiquei pensando muito nesse seu texto esses dias. Prometi a mim mesma que o comentaria direito, e cá estou. Acho que o motivo de tanta reflexão é que me identifiquei demais com ele. Assim como me identifiquei com a fase em que você está, de clareza e simplicidade.

Tenho uma amiga que se casou aos 21 anos, com o namorado com quem ela estava desde os 17 anos. Achei loucura aquele casamento. Hj em dia ela tem dois filhos muito fofos e parece ser muito feliz. Ela nunca quis isso de muitas emoções e paixões. Ela sempre soube que ia casar com ele. Mesmo quando ela pulava a cerca, fazia isso consciente de que nada atrapalharia sua decisão. Estranho, mas funcionou com ela.

Eu nunca poderia ter feito isso simplesmente porque não tinha maturidade e porque naquele momento não era o que eu queria. Eu só tenho essa plena consciência a respeito do quanto é bom agir com simplicidade porque já me fodi muito na vida (você sabe de alguns casos, inclusive). Eu precisei viver tudo o que vivi pra aprender a valorizar um relacionamento estável, pra entender que arroubos de paixão não me levariam a nada e pra conseguir manter o relacionamento de maneira interessante. Só consigo isso porque sei bem o que é não ter isso. Eu TINHA que viver la vida loca, entende?

E acho que o mesmo aconteceu contigo. É uma questão de fase, e a sua fase de pegação passou. Acho que tem sim a ver com a chegada dos 30, as coisas mudam dentro da gente. É aquele lance de maturidade cronológica que só chega mesmo com a idade - não adianta querer que ela chegue antes. Quem te achou chata pelo que vc escreveu provavelmente não leu direito. Ou então ainda não chegou à mesma fase que você.

Espero que o amor venha pra ti, querida. E tenho certeza que virá!

(mas se quer uma dica, viaje e fique em albergues. HAHAHA! Foi assim que conheci dois homens essenciais na minha vida, o mexicano que foi embora e o meu namorado atual. Ok, relacionamento à distância e tals, mas é possível, sabe? Sem contar que ter contato com pessoas de outros lugares faz a gente perder preconceitinhos que nem sabia que tinha!)

Anônimo disse...

legal ver que cê tá escrevendo pra valer. bj aí. lepre.

Pedro disse...

Um livro? Opa, quero um autógrafo com beijinho de brownie.